A Operação Saúva realizada pela Polícia Federal em agosto de 2006, investigou um esquema de fraudes em licitações de gêneros alimentícios que tinha como foco principal um grupo de militares e empresários na cidade de Manaus e transformou-se em uma ação penal com quase 40 acusados, iniciada a partir dos fatos apurados na operação.
Somente agora em julho de 2020 a Justiça Militar da União condenou 26 réus por corrupção passiva e peculato. De acordo com o relato foi formado um núcleo criminoso em Manaus através da cumplicidade entre militares e civis, para permitir a entrega de bens à organização militar, em quantidade ou qualidade inferior à que foi contratada em troca de pagamento de propina.
De acordo com o juiz federal que decretou a sentença, “comprovou-se o vínculo pessoal entre empresários e militares, como o acerto prévio quanto ao pagamento de vantagens indevidas, manipulação de licitações e, ainda, sobre preço de itens licitados pelo Batalhão”.
No total, 12 réus foram absolvidos por falta de provas. O juiz federal declarou que o próprio Ministério Público reconheceu que não conseguiu comprovar as condutas atribuídas aos réus na denúncia.
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